Última Etapa- Lavacolla - Santiago de Compostela (13km) - 15/novembro/2017
Saída: 9h10
Chegada à Catedral de Santiago: 12h45
Chegou o grande dia: A tão esperada chegada à Catedral de Santiago de Compostela. Com o guia nas mãos informando 10 km a distância à Santiago de Compostela, fiz as contas e decidi que daria tempo de chegarmos para a Missa dos Peregrinos das 12h. Porém, nesta etapa, também foram introduzidos trechos novos e alguns desvios que deixaram o caminho um pouco mais longo. Na verdade, foram 13 km até a Catedral.
Como nas outras etapas, o caminho segue por estradinhas em meio a árvores, um refúgio da fauna e propriedades rurais seguido por estradas secundárias.. Começa com uma grande subida após Lavacolla até o Monte do Gozo, parada obrigatória e primeiro lugar onde a cidade Santiago de Compostela pode ser vista. Há um parque e, no monumento, uma homenagem ao Papa João Paulo II, que fez a peregrinação à Santiago de Compostela em 1982 e retornou em 1989 ao Monte do Gozo, quando reuniu centenas de milhares de jovens na IV Jornada Mundial da Juventude. São Francisco de Assis, peregrino do caminho, também é homenageado.
Caminhamos aproximadamente 3,5km dentro da cidade até alcançarmos o seu Centro Histórico. As ruas são estreiras e bem movimentadas e os quarteirões, irregulares. As setas amarelas desaparecem e são substituídas pela sinalização com a indicação das igrejas e museus. Muitas lojinhas de souvenirs distraem o peregrino, não é difícil se perder. Cheguei à Catedral, pelo lado direito da fachada do Obradoiro. Assim, não desci as escadas sob o arco que conduz à Praça do Obradoiro do lado esquerdo da Catedral e onde há sempre um músico tocando música celta-galega na gaita de fole, como eu havia imaginado.
Mas a praça era exatamente o que eu esperava. Os peregrinos vão chegando de todos os lados e jogando mochilas e bastões de caminhada no chão. Tiram fotos, comemoram, deitam-se sobre suas mochilas e ficam por ali, contemplando a fachada da catedral por longo tempo antes de dirigirem-se à Oficina de Acolhida ao Peregrino, para buscar sua Compostela e guardar mochilas para poderem visitar o interior da Catedral.
As pessoas celebram o fim daquele caminho e o início de outro, que durará ainda muito mais tempo. Ninguém faz o caminho e volta igual. Uma turista americana, emocionada ao chegar à Catedral, diz para nós: “Well done!, Congratulation for your achievement!”, outro homem ao lado diz “Buen Camiño!”. Um peregrino de bicicleta se aproxima e pergunta o horário da missa aos peregrinos e se decepciona um pouco por ter perdido o horário das 12h. Ele fazia o Caminho Portugués desde O Porto.
Antes de entrar na Catedral, fomos à Oficina de Acolhida aos Peregrinos e recebemos nossa Compostela no tradicional Latim. Decidimos almoçar e deixar nossas mochilas no hostel, que já estava reservado, Hostel Anosa Casa, não muito distante dali.
Retornamos para conhecer a Catedral de Santiago por dentro por volta das 16h. O abraço à imagem de São Tiago é emocionante. É tanto a agradecer...Embaixo está a cripta com os restos mortais do apóstolo, que foi o primeiro a comer o pão e tomar o vinho da Primeira Ceia. A construçâo do século XI e XII sofre os efeitos do tempo e passa por um minucioso e demorado processo de restauração do altar e da principal fachada na Praça do Obradoiro nesse momento. O famoso botafumeiro estava pendurado diante do altar. Não vimos a cerimônia com o botafumeiro, porque ele só está sendo usado em datas especiais.
Participamos da Missa das 19h30 aos Peregrinos. Cerimônia simples, mas muito acolhedora na catedral com nave de quase 100 metros. O som do órgão, do século XVIII, de 4 mil tubos (3,7 mil sonoros e 300 decorativos) enche o ambiente numa acústica perfeita. A freira beneditina com voz de anjo puxa os lindos cantos. Gostei tanto, que voltei no dia seguinte para a missa das 12h. Interessante é que, na missa das 19h30, os cantos foram em espanhol, já na missa das 12h, os mesmos cantos foram entoados no latim. Haviam mais peregrinos na missa das 12h. Um grupo de 50 poloneses havia chegado e a missa foi co-celebrada com o padre polonês e outro eslovaco.
Na manhã do dia 16, também fizemos a visita aos telhados da catedral. Havia uma exposição sobre o trabalho do Mestre Mateo, arquiteto e escultor, que foi diretor das obras da catedral de Santiago de Compostela de 1168 até sua conclusão em 1211. Destacam-se o Pórtico da Glória e toda a fachada do Obradoiro, atualmente em obras de restauração, esculpidas no granito como a maior parte da catedral. O granito era abundante na Galícia naquela época. Na visita ao telhado, é contada a história da catedral e da peregrinação à Santiago ao longo das diversas épocas. A origem dos costumes e das tradições, por exemplo, a de queimar as roupas ao fim do caminho, que, na verdade, era para prevenir contagio da peste em determinada época.
Saída: 9h10
Chegada à Catedral de Santiago: 12h45
Chegou o grande dia: A tão esperada chegada à Catedral de Santiago de Compostela. Com o guia nas mãos informando 10 km a distância à Santiago de Compostela, fiz as contas e decidi que daria tempo de chegarmos para a Missa dos Peregrinos das 12h. Porém, nesta etapa, também foram introduzidos trechos novos e alguns desvios que deixaram o caminho um pouco mais longo. Na verdade, foram 13 km até a Catedral.
Como nas outras etapas, o caminho segue por estradinhas em meio a árvores, um refúgio da fauna e propriedades rurais seguido por estradas secundárias.. Começa com uma grande subida após Lavacolla até o Monte do Gozo, parada obrigatória e primeiro lugar onde a cidade Santiago de Compostela pode ser vista. Há um parque e, no monumento, uma homenagem ao Papa João Paulo II, que fez a peregrinação à Santiago de Compostela em 1982 e retornou em 1989 ao Monte do Gozo, quando reuniu centenas de milhares de jovens na IV Jornada Mundial da Juventude. São Francisco de Assis, peregrino do caminho, também é homenageado.
Caminhamos aproximadamente 3,5km dentro da cidade até alcançarmos o seu Centro Histórico. As ruas são estreiras e bem movimentadas e os quarteirões, irregulares. As setas amarelas desaparecem e são substituídas pela sinalização com a indicação das igrejas e museus. Muitas lojinhas de souvenirs distraem o peregrino, não é difícil se perder. Cheguei à Catedral, pelo lado direito da fachada do Obradoiro. Assim, não desci as escadas sob o arco que conduz à Praça do Obradoiro do lado esquerdo da Catedral e onde há sempre um músico tocando música celta-galega na gaita de fole, como eu havia imaginado.
Mas a praça era exatamente o que eu esperava. Os peregrinos vão chegando de todos os lados e jogando mochilas e bastões de caminhada no chão. Tiram fotos, comemoram, deitam-se sobre suas mochilas e ficam por ali, contemplando a fachada da catedral por longo tempo antes de dirigirem-se à Oficina de Acolhida ao Peregrino, para buscar sua Compostela e guardar mochilas para poderem visitar o interior da Catedral.
As pessoas celebram o fim daquele caminho e o início de outro, que durará ainda muito mais tempo. Ninguém faz o caminho e volta igual. Uma turista americana, emocionada ao chegar à Catedral, diz para nós: “Well done!, Congratulation for your achievement!”, outro homem ao lado diz “Buen Camiño!”. Um peregrino de bicicleta se aproxima e pergunta o horário da missa aos peregrinos e se decepciona um pouco por ter perdido o horário das 12h. Ele fazia o Caminho Portugués desde O Porto.
Antes de entrar na Catedral, fomos à Oficina de Acolhida aos Peregrinos e recebemos nossa Compostela no tradicional Latim. Decidimos almoçar e deixar nossas mochilas no hostel, que já estava reservado, Hostel Anosa Casa, não muito distante dali.
Retornamos para conhecer a Catedral de Santiago por dentro por volta das 16h. O abraço à imagem de São Tiago é emocionante. É tanto a agradecer...Embaixo está a cripta com os restos mortais do apóstolo, que foi o primeiro a comer o pão e tomar o vinho da Primeira Ceia. A construçâo do século XI e XII sofre os efeitos do tempo e passa por um minucioso e demorado processo de restauração do altar e da principal fachada na Praça do Obradoiro nesse momento. O famoso botafumeiro estava pendurado diante do altar. Não vimos a cerimônia com o botafumeiro, porque ele só está sendo usado em datas especiais.
Participamos da Missa das 19h30 aos Peregrinos. Cerimônia simples, mas muito acolhedora na catedral com nave de quase 100 metros. O som do órgão, do século XVIII, de 4 mil tubos (3,7 mil sonoros e 300 decorativos) enche o ambiente numa acústica perfeita. A freira beneditina com voz de anjo puxa os lindos cantos. Gostei tanto, que voltei no dia seguinte para a missa das 12h. Interessante é que, na missa das 19h30, os cantos foram em espanhol, já na missa das 12h, os mesmos cantos foram entoados no latim. Haviam mais peregrinos na missa das 12h. Um grupo de 50 poloneses havia chegado e a missa foi co-celebrada com o padre polonês e outro eslovaco.
Na manhã do dia 16, também fizemos a visita aos telhados da catedral. Havia uma exposição sobre o trabalho do Mestre Mateo, arquiteto e escultor, que foi diretor das obras da catedral de Santiago de Compostela de 1168 até sua conclusão em 1211. Destacam-se o Pórtico da Glória e toda a fachada do Obradoiro, atualmente em obras de restauração, esculpidas no granito como a maior parte da catedral. O granito era abundante na Galícia naquela época. Na visita ao telhado, é contada a história da catedral e da peregrinação à Santiago ao longo das diversas épocas. A origem dos costumes e das tradições, por exemplo, a de queimar as roupas ao fim do caminho, que, na verdade, era para prevenir contagio da peste em determinada época.
Monte do Gozo |
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