Peregrinos no Caminho - No outono, o Caminho só nosso!
Fazer o Caminho de Santiago no outono é também fazer um caminho mais solitário. O número de peregrinos cai bastante a partir de 1° de novembro, assim, é bastante frequente encontrar albergues e bares fechados no caminho. É preciso ficar atento e verificar a hospedagem com antecedência nos vilarejos menores. Nas cidades maiores, não há problema e a oferta é até maior nesta época.
O grupo que vem nos acompanhando desde San Jean Pied de Port não deve passar de 50 pessoas. Seja pelo cansaço, pelas dores musculares ou pelas bolhas ou ainda pelo interesse em algum ponto turístico, alguns peregrinos encurtam as etapas ou ficam mais de uma noite em alguma cidade. Foi o caso de uma brasileira, que encontramos na etapa entre Roncesvalles e Zubiri, que decidiu passar o dia em Pamplona para conhecer melhor a cidade. .
Logo no começo do caminho, encontramos o Peter, da Eslovaquia, que aceitou dividir o taxi de Roncesvalles a San Jean Pied de Port. Foi bom o papo, ele, também engenheiro, havia trabalho alguns anos ns indústria automobilistica e, agora, estava trabalhando por conta própria o que permitiu fazer esta viagem. Depois, em Roncesvalles, foi a vez de conhecermos a Pia, uma chilena, que estava com quatro adolescentes, dois deles seus filhos e dois amigos, e o plano de fazer o Caminho e seguir para Portugal e outros países da Europa viajando por um ano. Dividimos quarto em albergue com a Emily, do Alaska, que estava sozinha e um pouco mais a frente se juntou a um grupo de mais três jovens americanas.
Ainda em Saint Jean Pied de Port, conhecemos um casal de brasileiros que estava acompanhado de um padre de Sertaozinho, interior de São Paulo. Eles já haviam feito o Caminho da Fé, peregrinação inspirada no Caminho de Santiago, que passa por Minas Gerais e São Paulo no seu trajeto mais longo de 542 km. Mais a frente encontramos mais três brasileiras, uma delas, da Paraíba, mas residente de Brasília, fazendo o caminho pela terceira vez.
O Alex, um simpático australiano de 48 anos, estava bastante animado no caminho. Havia se separado da esposa e planejou a viagem por dois anos até conseguir realizá-la. Tem também o Neils, um jovem dinamarquês de apenas 19 anos (mas com maturidade de 29), que tendo acabado a faculdade conseguiu encaixar o Caminho de Santiago antes de iniciar um programa de trainee em Nova Iorque.
Em Belorado, foi a vez de conhecer o Herman e a Lina, um casal de alemães de Colonia, ex-executivos da Delloite, que está viajando o mundo há 14 meses e volta para a Alemanha depois do Caminho.
É muito bacana interagir com tanta gente e tantas histórias interessantes. Porém, vindo em casal também notamos que, não só nós dois, como outros casais que encontramos, acabamos por nos isolar um pouco do grupo. A preferência por hospedagem em albergue privado (algumas vezes em quarto privativo), jantar em restaurante ao invés de improvisar o jantar na cozinha do albergue contribuem para o isolamento.
Nesta época do ano, as manhãs são frias e as temperaturas aumentam ao longo do dia. Como temos ficado pouco em albergues públicos, podemos sair um pouco mais tarde e, dessa forma, quando saimos, por volta das 8h30, 9h da manhã, a maior parte dos peregrinos já saiu uma ou duas horas antes. Fazemos longos trechos sem encontrar ninguém e só vamos cruzar com outros peregrinos nas paradas e na chegada aos destinos.
Cruzamos com espanhóis, italianos, dinamarqueses, irlandeses, franceses, australianos, coreanos, chineses, chilenos, eslovacos, equatorianos, americanos e brasileiros, provando que o Caminho de Santiago é um caminho de fé e espiritualidade conhecido em todo o mundo. Alguns companheiros do início desapareceram, novos peregrinos estão aparecendo e quem sabe ainda quem iremos encontrar...Cada um fazendo o Seu Caminho!
Fazer o Caminho de Santiago no outono é também fazer um caminho mais solitário. O número de peregrinos cai bastante a partir de 1° de novembro, assim, é bastante frequente encontrar albergues e bares fechados no caminho. É preciso ficar atento e verificar a hospedagem com antecedência nos vilarejos menores. Nas cidades maiores, não há problema e a oferta é até maior nesta época.
O grupo que vem nos acompanhando desde San Jean Pied de Port não deve passar de 50 pessoas. Seja pelo cansaço, pelas dores musculares ou pelas bolhas ou ainda pelo interesse em algum ponto turístico, alguns peregrinos encurtam as etapas ou ficam mais de uma noite em alguma cidade. Foi o caso de uma brasileira, que encontramos na etapa entre Roncesvalles e Zubiri, que decidiu passar o dia em Pamplona para conhecer melhor a cidade. .
Logo no começo do caminho, encontramos o Peter, da Eslovaquia, que aceitou dividir o taxi de Roncesvalles a San Jean Pied de Port. Foi bom o papo, ele, também engenheiro, havia trabalho alguns anos ns indústria automobilistica e, agora, estava trabalhando por conta própria o que permitiu fazer esta viagem. Depois, em Roncesvalles, foi a vez de conhecermos a Pia, uma chilena, que estava com quatro adolescentes, dois deles seus filhos e dois amigos, e o plano de fazer o Caminho e seguir para Portugal e outros países da Europa viajando por um ano. Dividimos quarto em albergue com a Emily, do Alaska, que estava sozinha e um pouco mais a frente se juntou a um grupo de mais três jovens americanas.
Ainda em Saint Jean Pied de Port, conhecemos um casal de brasileiros que estava acompanhado de um padre de Sertaozinho, interior de São Paulo. Eles já haviam feito o Caminho da Fé, peregrinação inspirada no Caminho de Santiago, que passa por Minas Gerais e São Paulo no seu trajeto mais longo de 542 km. Mais a frente encontramos mais três brasileiras, uma delas, da Paraíba, mas residente de Brasília, fazendo o caminho pela terceira vez.
O Alex, um simpático australiano de 48 anos, estava bastante animado no caminho. Havia se separado da esposa e planejou a viagem por dois anos até conseguir realizá-la. Tem também o Neils, um jovem dinamarquês de apenas 19 anos (mas com maturidade de 29), que tendo acabado a faculdade conseguiu encaixar o Caminho de Santiago antes de iniciar um programa de trainee em Nova Iorque.
Em Belorado, foi a vez de conhecer o Herman e a Lina, um casal de alemães de Colonia, ex-executivos da Delloite, que está viajando o mundo há 14 meses e volta para a Alemanha depois do Caminho.
É muito bacana interagir com tanta gente e tantas histórias interessantes. Porém, vindo em casal também notamos que, não só nós dois, como outros casais que encontramos, acabamos por nos isolar um pouco do grupo. A preferência por hospedagem em albergue privado (algumas vezes em quarto privativo), jantar em restaurante ao invés de improvisar o jantar na cozinha do albergue contribuem para o isolamento.
Nesta época do ano, as manhãs são frias e as temperaturas aumentam ao longo do dia. Como temos ficado pouco em albergues públicos, podemos sair um pouco mais tarde e, dessa forma, quando saimos, por volta das 8h30, 9h da manhã, a maior parte dos peregrinos já saiu uma ou duas horas antes. Fazemos longos trechos sem encontrar ninguém e só vamos cruzar com outros peregrinos nas paradas e na chegada aos destinos.
Cruzamos com espanhóis, italianos, dinamarqueses, irlandeses, franceses, australianos, coreanos, chineses, chilenos, eslovacos, equatorianos, americanos e brasileiros, provando que o Caminho de Santiago é um caminho de fé e espiritualidade conhecido em todo o mundo. Alguns companheiros do início desapareceram, novos peregrinos estão aparecendo e quem sabe ainda quem iremos encontrar...Cada um fazendo o Seu Caminho!
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